A nossa Mente Concreta funciona com um conjunto de regras. Existem três bastante importantes e que têm um poder directo sobre a realidade pessoal que vivemos.
Regra nº1: a mente obedece a imagens e palavras, sejam elas assimiladas do exterior, sejam as que criamos dentro de nós. O nosso diálogo interno, e as imagens que surgem na nossa imaginação e às quais damos atenção, traduzem-se em mensagens que continuamente transmitimos ao nosso cérebro. Isto é válido para o que fazemos consciente e inconscientemente.
Ainda, o quanto validamos e/ou tememos o que vemos e ouvimos, determina o grau de impacto e influência que têm na nossa mente. Isso para nós passa a ser verdade. Ao fazermos isto, estamos a dar uma indicação à mente de que acreditamos nisso, estamos a dizer-lhe: regista.
Este vídeo é um excerto de uma sessão e respeita a privacidade, omitindo contextos particularizantes. Se lhe fizer sentido, adapte-o a si.
A informação que a mente recebe é tanto mais incisiva e impactante quanto maior é a carga emocional associada, seja ela negativa ou positiva. Estados de espírito, por exemplo, são tanto a causa como o efeito das imagens e do diálogo interno que geramos.
Regra nº2: a mente responde sempre àquilo que considera ser o melhor para nós. Pois, é nossa amiga. Mas onde é que ela vai buscar a informação para saber o que é melhor para nós? Claro, ao que recebe como informação nossa, através das imagens e palavras com que a nutrimos. Como sabemos, nem sempre são as mais alinhadas e inspiradoras…
Regra nº3: a mente está sempre a fazer por nos afastar da dor e nos aproximar do prazer. De novo, ela afere o que para nós seja dor ou prazer de acordo com as imagens e palavras com que a informamos.
A Mente Concreta funciona por polaridades: dor/prazer, bom/mau, etc. e não tem qualquer julgamento associado. Logo, se por exemplo, para ti, ires para aquele trabalho te traz dor e é uma contrariedade, para ela ‘prazer’ é não ires, e logo trata de fazer com que assim seja, do modo mais eficaz e à mão.
As nossas condições de vida, na esfera pessoal, são sempre co-criadas por nós, sem excepção. Neste caso a mente pode, por exemplo, criar uma doença, um conflito, um acidente, um imprevisto, um atraso, para tentar evitar o que entende ser o pior para ti, de acordo com a vibração de ‘contrariedade’ e ‘dor’ que recebeu dos teus pensamentos e emoções (palavras e imagens reforçadas).
Isto não acontece por a mente nos querer mal, mas sim porque as suas regras de funcionamento assim o ditam, e são sábias. Para o Ser Humano é terrível aceitar viver o que não lhe corresponde, a nível profundo. Não estou a falar das preferências exclusivas do Ego, mas sim do que possa não estar de todo alinhado com a nossa Alma no momento presente. Quando assim é, o espelho fiel da realidade indica-nos que há algo a mudar em nós e na nossa vida.
Podemos então facilmente extrapolar isto para N circunstâncias e áreas de vida, seja em nós, seja nos outros, e compreender como é que tantas vezes a mente, nossa amiga, nos envia sinais de que existe algures uma contradição interna…
Onde é que está a nossa liberdade consciente nisto? Justamente, está em selecionar com critério a que palavras e imagens é que damos atenção e que escolhas habitam dentro de nós, criando a famosa Coerência Mente-Coração.
Tudo fica mais claro com o desenvolvimento de exemplos… (ver vídeo acima)
Portanto, TRÊS REGRAS DA MENTE CONCRETA a registar:
- A mente alimenta-se de imagens e palavras e, como tal, das ideias, ‘filmes’ e emoções que aceitamos ou geramos, conscientemente ou não;
- A mente quer sempre o melhor para nós e arranjará maneira, dentro do que está ao seu alcance, de co-criar o que considera ser a realidade mais fiel ao que escolhemos, de acordo com a informação que lhe fornecemos.
- A mente empenha-se em afastar-nos da dor e aproximar-nos do prazer, tendo por base as imagens e as palavras que nos habitam, e em particular o nosso sinal emocional associado a elas.
Agora, estamos a falar de Regras da Mente Concreta – consciente, subconsciente e inconsciente – que está especialmente ligada à estrutura do Ego e do respectivo Sistema de Crenças. Muito mais há a saber sobre como a mente reage, por exemplo, a intenções e escolhas que até são alinhadas e excelentes para nós, mas às quais o Ego oferece resistência…
Atenção que o funcionamento automático da mente não tem, imediatamente, o mesmo grau evolutivo que nós podemos ter, porque uma coisa é a Mente Concreta e outra é a Consciência Superior ou expandida. Ambas nos habitam, no entanto. Como é que isto se processa? Que consequências tem? Como mudar e/ou lidar com estas dinâmicas? (ver vídeo acima)
Conhecer as Regras da Mente Concreta ajuda-nos a orientar o poder e a influência que ela tem sobre nós e as nossas vidas.
É caso para dizer: mais vale saber, escolher, e fazer!
Um abraço d’alma,
(Anamar)
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